A educação em Angola
A educação em Angola

 

Apesar de, na lei, a educação em Angola ser compulsória e gratuita até os oito anos, o governo reporta que uma cerca percentagem de estudantes não está matriculada em escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e professores.[1] Estudantes são normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas a escola, incluindo taxas para livros e alimentação.[1] Ainda continua a ser significante as disparidades na matrícula de jovens entre as áreas rural e urbana. Em 1995, 71,2% das crianças com idade entre 7 e 14 anos estavam matriculadas na escola.[1] É reportado que uma porcentagem maior de garotos está matriculada na escola em relação às garotas.[1] Durante a Guerra Civil Angolana (1975-2002), aproximadamente metade de todas as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos atuais problemas com falta de escolas.[1] O Ministro da Educação contratou 20 mil novos professores em 2005, e continua a implementar treinamento de professores.[1] Professores tendem a receber um salário baixo, inadequadamente treinados, e sobrecarregados no trabalho (as vezes ensinando por dois ou três turnos por dia).[1] Professores também reportaram suborno diretamente de seus estudantes.[1] Outros fatores, como a presença de minas terrestres, falta de recursos e papéis de identidade, e a pobre saúde também afastam as crianças de atender regularmente às escolas.[1] Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional da Angola continua a receber recursos muito abaixo do necessário.[1] A taxa de alfabetização é muito baixa, com 67,4% da população acima dos 15 anos que sabem ler e escrever português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizados, em 2001.[carece de fontes?] Desde a independência de Portugal em 1975, uma quantidade consideráveis de estudantes angolanos continua a ir todos os anos para escolas portugesas e brasileiras, instituições politécnicas, e universidades, através de acordos bilaterais entre os governos de Portugal, do Brasil e de Angola.

Entretanto o sistema universitário passou, essencialmente desde 2000, por uma expansão muito notável. No tempo colonial existia um modesta Universidade de Angola, estatal, com algumas faculdades em Luanda, outras no Huambo. A Igreja Católica mantinha em Luanda o Instituto Superior de Educação e Serviço Social. Depois da independência, a universidade recebeu a designação Universidade Agostinho Neto e passou, no decorrer dos anos 1970 e 1990, a dispor de cerca de 40 faculdades, espalhadas pelas principais cidades do país e a funcionar em condições frequentemente precárias. Simultaneamente fundou-se a Universidade Católica de Angola, concentrada em Luanda. Nos anos 1990 começou-se a permitir a criação de universidades privadas. [2] Nos anos 2000 houve duas alterações incisivas neste panorama. Por um lado, a Universidade Agostinho Neto foi desmembrada: as suas faculdades existindo nas cidades de Benguela, Cabinda, Huambo e Lubango passaram a constituir universidades autónomas, ficando a Universidade Agostinho Neto limitada a Luanda. Por outro lado, o número de universidades privadas aumentou muito significativamente: em 2010 funcionavam em Luanda uma Universidade Lusíada de Angola, uma Universidade Lusófona de Angola e uma Universidade Jean Piaget de Angola, todas filiais das instituições correspondentes em Portugal, bem como a Universidade Privada de Angola (que também mantém um campus no Lubango), a Universidade Independente de Angola, a Universidade Metodista de Angola, a Universidade Técnica de Angola, a Universidade Metropolitana de Angola e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais, todas criações angolanas.

FONTES: https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_em_Angola